quinta-feira, 2 de agosto de 2012

De malas prontas para os EUA, Cristiano Felício fala sobre sua carreira



Em meio ao clima olímpico, enquanto as principais seleções do mundo duelam pelo ouro em Londres, o basquete nacional, em especial o mineiro, recebeu uma notícia que movimentou os torcedores. Através de uma rede social o pivô Cristiano Silva Felício, um dos destaques do Minas Tênis Clube na última temporada, se despedia do basquete brasileiro em tom de agradecimento.

Enquanto os torcedores tentavam entender o anúncio do atleta, as notícias davam conta que o pivô estava de malas prontas para o basquete dos Estados Unidos. Cristiano Silva Felício, de apenas 20 anos, é natural de Pouso Alegre e durante três anos morou na cidade de Belo Horizonte, onde sempre defendeu as cores do Minas Tênis Clube, onde o atleta teve uma evolução surpreendente.

Seu destaque nas seleções de base, especialmente na disputa da Copa América Sub-18, nos Estados Unidos, e Mundial Sub-19, na Letônia, encheram de expectativa a iniciante carreira profissional do pivô. Cristiano, por sua vez, tratou de consolidá-la. Integrado a equipe principal do Minas, o pivô chegou a seleção adulta, disputando o Panamericano de Guadalajara e o Sulamericano na Argentina.

Através da mesma rede social, Cristiano Silva Felício concedeu uma entrevista em que reafirma todo o seu carinho pelo basquete brasileiro e fala sobre passado, presente e futuro:

Primeiramente, só para confirmar o que se veiculou nos sites, você parte ainda sem um time definido - mas com a expectativa de NCAA, ou Junior College, certo?
Estou indo para os Estados Unidos ainda sem uma universidade definida. Mas tenho como intenção disputar a NCAA e não o Junior College. Mesmo porque se fosse para jogar o College eu preferiria ficar no Brasil, ou tentar ir para a Europa.

Em que medida o fortalecimento do basquete nacional, com a criação de um campeonato organizado (NBB), contribuiu para o seu crescimento - que dá um passo a mais com a ida para o exterior?
O NBB contribuiu muito não só para a minha evolução, como para a de vários jogadores. Para mim foi muito importante, pois pude treinar e jogar com atletas mais experientes que eu, tanto contra como a favor. Mesmo sendo apenas um garoto no meio de tantos jogadores mais rodados, pude aprender muito jogando e, assim, ganhando cada vez mais experiência.

E o papel do Minas, clube ao qual defendeu por três anos, nessa nova trajetória?
O Minas foi importantíssimo para mim nesta trajetória. Me deu todo o suporte necessário desde que eu cheguei, quando não era muito conhecido. Pude ter grandes técnicos, como Flávio Davis, Nestor Garcia, Raul Togni e Cristiano Grama, para poder me ensinar muito sobre o basquete. Coisas que eu nem sequer sabia que poderia fazer. Pude atuar com jogadores muito experientes, como o Murilo, o Drudi, o Luiz Felipe e o Facundo, que sempre estavam me orientando numa coisa ou em outra, para que eu pudesse evoluir cada vez mais. Só tenho a agradecer por tudo que fizeram para mim no tempo que fiquei aí.

Muitos te apontam, pela sua evolução nos últimos anos, como um grande candidato a chegar a NBA, maior liga do mundo, e aos Jogos Olímpicos de 2016. Como você encara essas possibilidades?
Eu vejo estas possibilidades sempre como um desafio que eu tenho que encarar e estar cada vez mais preparado para, caso venha a aparecer a chance, eu poder agarrar com todas as minhas forças. Não deixar que passe. Mas também não posso me iludir com isso e pensar que já estou lá, e sim treinar cada vez mais duro para que eu mereça chegar lá.

Para encerrar, peço que dê um recado a todos os brasileiros, em especial à torcida do Minas, que acompanham o seu trabalho.
Bom, ao pessoal que me acompanha eu quero agradecer pela força que sempre têm me dado. Ao torcedor do Minas, em especial, gostaria de deixar toda minha gratidão e respeito por terem me apoiado e apoiado ao time. Sempre, mesmo ganhando ou perdendo! Muito obrigado de coração ao grande torcedor do Minas e um forte abraço!

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